Cash & Carry Pode Virar Hard Discount

A proposta da ABAD de tornar obrigatório o cadastro do CPF e CNPJ dos compradores do atacado de autosserviço repercutiu negativamente nas empresas do segmento. O cash & carry avalia que a aplicação da medida pode fazer os clientes migrarem para os supermercados. Algumas empresas avaliam a possibilidade de transformar definitivamente o sistema para hard discount e se converter em varejo. O Portal Giro News entrevistou José do Egito, presidente da ABAD, para esclarecer essas questões. Ele acredita que a medida não vai inibir a compra dos clientes do cash & carry, mas caso aconteça, a ABAD vai rever seus conceitos.

A proposta da ABAD de tornar obrigatório o cadastro do CPF e CNPJ dos compradores do atacado de autosserviço repercutiu negativamente nas empresas do segmento. O cash & carry avalia que a aplicação da medida pode fazer os clientes migrarem para os supermercados. Algumas empresas avaliam a possibilidade de transformar definitivamente o sistema para hard discount e se converter em varejo. O Portal Giro News entrevistou José do Egito, presidente da ABAD, para esclarecer essas questões. Ele acredita que a medida não vai inibir a compra dos clientes do cash & carry, mas caso aconteça, a ABAD vai rever seus conceitos.

A Defesa da ABAD

“Toda medida que se propõe a beneficiar o mercado, não atrapalha. É para formalizar mais o segmento na cadeia de abastecimento, porque ainda existe a informalidade das leis”, defende José do Egito, explicando: “O papel do supermercado é vender para o consumidor final. Mas, a gente tem que esperar os resultados, não se pode descartar totalmente essa hipótese, a gente vai sentar com a Abras para entender isso aí”, afirma.

Como Funciona

Com a medida, haveria um cruzamento de dados entre o CPF do comprador com o CNPJ de sua empresa, inibindo de maneira mais efetiva a compra informal, que não passa pela contabilidade da empresa do varejista. Enquanto o atacado distribuidor emite nota fiscal e não é possível a compra sem CNPJ. “No cash & carry o comerciante compra com cupom fiscal, e nos modelos de agente de distribuição, a legislação não permite que seja feito”.