A rede atacadista fez negociações com seus fornecedores para essa Páscoa. Com foco nos comerciantes, transformadores e consumidores finais, o Assai prevê vendas 20% maiores em todo sortimento, que inclui bacalhau e pescados, azeites e vinhos, em relação ao mesmo período do ano passado. O mix negociado com os fornecedores estará disponível em todas as 76 lojas do atacado de autosserviço durante o período de páscoa.

Localizada em Camaragibe, região metropolitana de Recife (PE), a centésima loja faz parte do plano de expansão da companhia. A unidade possui 6.300 m² de área de venda e vai atender mais de 100 mil clientes por mês, além de gerar mais de 800 empregos entre diretos e indiretos. A inauguração da loja posiciona o Atacadão como um dos maiores players de cash& carry do país, afirma o Diretor-Presidente da companhia, Roberto Mussnich.

O governo continua, através do Banco Central, cumprindo seu papel de aumentar os juros para conter as pressões inflacionárias. Agora, esse nível foi ultrapassado (10,75% para 11% ao ano) e os impasses que justificam tecnicamente novos aumentos em curto prazo continuam presentes. Para o Presidente da ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores), José do Egito, um desses impasses é o consumo, que ainda é o principal motor de nossa economia. Se por um lado ele precisa ser controlado por meio de juros para não gerar ainda mais pressões, por outro, não pode ser excessivamente contido para não prejudicar ainda mais o crescimento. A ABAD contesta a necessidade de reformas no País e afirma que o atual arranjo é perverso e compromete o futuro da nossa economia.

O foco do cash & carry não vai mudar, mas o Assaí quer ao menos amenizar a restrição das classes A e B em relação ao modelo de loja. “Existe uma tendência no atacado de evoluir [melhorias, qualificação e treinamento], mas jamais ele irá se igualar a outros modelos [supermercados e lojas de conveniência]. Não é esse o objetivo porque sairia do foco do negócio e agregaria mais custo à operação”, afirmou Belmiro Gomes, presidente do Assaí. O plano é se aproximar ainda mais da indústria para ser um verdadeiro distribuidor. As lojas do grupo estão sendo ampliadas para aumentar a área de venda e o estoque. O plano é que, com isso, o produto vá direto para as lojas, sem passar por um centro de distribuição, melhorando custos de operação para manter o preço baixo e agregar serviços. (Folha de S. Paulo)

O Portal Giro News entrevistou com exclusividade os principais líderes que dirigem o cash & carry no Brasil, presentes na reunião que iniciou a consolidação da entidade que representará o atacado de autosserviço, a ABAAS (Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço). Todos manifestaram seu apoio a criação da entidade, defendendo que o modelo de negócio precisa de uma representatividade ativa. Confira nas três matérias abaixo a opinião de três líderes:
Roberto Mussnich – Atacadão
Ricardo Roldão – Roldão Atacadista
Cleber Gomez – Spani Atacadista

Ricardo Roldão, presidente do Roldão Atacadista, é um dos líderes desse movimento das redes para a criação da ABAAS (Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço). Em entrevista ao Portal Giro News, Ricardo destacou alguns aspectos que a entidade deve abordar. “Queremos definir o conceito de cash & carry, inclusive combater a nomenclatura ‘atacarejo’, que é pejorativa. Nós somos cash & carry ou atacado de autosserviço. ‘Atacarejo’ não nos define”, afirmou.

Roberto Mussnich é CEO do Atacadão no Brasil. Defensor da ABAAS (Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço), o executivo acredita que o momento justamente de ter uma entidade olhando o negócio como ele é. “Hoje nós fazemos parte da ABAD, que realmente olha por um lado somente da distribuição, que tem as suas especificidades. Nós temos demandas distintas”, afirmou.

Cleber Gomez também foi um dos executivos presentes na reunião, que inicia o processo de criação da ABAAS. Diretor do Spani Atacadista, ressalta que o plano, apesar de não ser um prazo oficial, é iniciar as operações ainda este ano. “Hoje o cash & carry é muito grande, tem redes de muita representatividade por todo o país e já tem o tamanho suficiente para uma entidade própria. Essa reunião foi boa para iniciar o processo de consolidação, mas a ideia de criar a entidade já vem de algum tempo”, afirmou.