As vendas de medicamentos genéricos registraram crescimento de 16,6% em volume no terceiro trimestre de 2012, informa a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos). Foram comercializadas 179,7 milhões de unidades e em valores, as vendas movimentaram R$2,8 bi entre julho e setembro de 2012 contra R$2,3 bi no mesmo intervalo do ano passado. Apesar dos altos números, os resultados obtidos indicam uma desaceleração no ritmo de crescimento das vendas já que essa foi a menor expansão em um terceiro trimestre desde 2001, quando os genéricos começaram a ser vendidos no mercado brasileiro.

A empresa de cosméticos Jequiti, do Grupo Silvio Santos, inicia este mês a venda do perfume Truth or Dare, assinado pela cantora norte-americana Madonna, que se apresentará em dezembro no Brasil. A empresa já assinou uma série de contratos com outras celebridades nacionais e internacionais, como Christina Aguilera, Adriane Galisteu, Claudia Leitte, Fiuk e Fábio Jr., para agregar mais valor à sua linha de perfumaria. O objetivo da empresa é democratizar o luxo para todos os seus consumidores.

A rede de farmácias anuncia mais uma campanha para distribuir, entre os meses de novembro e dezembro, R$ 5 mil em vale-compras por meio do ­e-commerce da rede. Os participantes precisam responder a pergunta “Qual é a única rede de farmácias do Brasil que tem saúde para ganhar o mundo?” no site da rede e cadastrar-se na loja online. Ao todo serão sorteados dez vales-compras de R$ 500. O ­e-commerce da rede agrega mais de 10 mil medicamentos e produtos de higiene e cosméticos, além de oferecer cerca de 7 mil itens, entre livros, artigos eletrônicos, de cama, mesa, banho, informática e telefonia. 

A rede de farmácias segue seu projeto de crescimento orgânico e planeja fechar o ano com 100 novas lojas e 600 pontos de venda em operação no Brasil. Os investimentos somam cerca de R$ 150 milhões. Do total de novas unidades, 76 foram abertas e outras 24 estarão em funcionamento até o fim de dezembro. O presidente Deusmar Queirós projeta ultrapassar a marca de 1.000 lojas em 2017, por meio da abertura de 100 unidades em média por ano. Segundo balanço referente ao primeiro semestre, a rede registrou receita líquida de R$ 1,6 bilhão, índice quase 20% superior ao do mesmo período de 2011. O lucro líquido foi de R$ 58 milhões.

A rede Drogarias Campeã viu na classe C uma oportunidade de crescimento e com foco nesse público adotou, em 2008, o modelo de farmácia popular. Em quatro anos, o número saltou de 14 para 54 lojas próprias, instaladas na periferia e interior de São Paulo. Só em 2012, 16 lojas foram inauguradas. A rede prevê duplicar o faturamento até 2015, com a abertura de mais lojas e o fortalecimento das atuais. Serão pelo menos 100 filiais, ampliando o atendimento para um milhão e quinhentas mil pessoas. Além das lojas e de uma sede própria, a rede Drogarias Campeã abriu, em 2012, uma distribuidora, a fim de organizar melhor o estoque e a entrega de produtos às filiais.

Apesar de ter a menor renda per capita, a região sai à frente no mercado consumidor de medicamentos. Segundo o Painel Abradilan com dados cedidos pela IMS Health, a região Sudeste vem em primeiro lugar com 53% no consumo de medicamentos, seguidos pela região Nordeste (17,30%), Sul (17,20%), Centro-Oeste (8,20%) e Norte (5,40%). Os associados da Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais (Abradilan) acompanharam este aquecimento no Nordeste e segundo dados do Painel Abradilan/IMS, atualmente, já detém 20% do mercado em unidades vendidas de medicamentos na região. Em relação aos genéricos, os associados também ocupam uma grande fatia e já representam 29% das unidades vendidas no Nordeste.

Há mais de cinco anos autorizada, a venda de remédios de forma fracionada ainda é muito incipiente em boa parte dos estados brasileiros. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Ethos e a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) em farmácias de cinco capitais do país (Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro), nenhuma delas vendia remédios fracionados. Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estimam que 20% dos remédios comprados nas farmácias acabam indo para o lixo. Para quem distribui medicamentos, o fracionamento só será bem aceito quando for acompanhado por uma logística de qualidade, disse a Abrafarma em comunicado.

A indústria farmacêutica conta com mais de 1.800 remédios prontos para desembarcar nas drogarias, mas que aguardam na fila para conseguir o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O tempo médio para a liberação atingiu 640 dias em outubro. Para as empresas, a espera é receita perdida e pode colocar na gaveta seus planos de investimentos. Só a EMS, líder em genéricos, calcula que neste ano o volume de medicamentos aprovados pela Anvisa para o laboratório foi cerca de 35% menor do que em 2011. "Crescemos na média do mercado, cerca de 16%, mas poderíamos ter crescido 30% se os registros saíssem no prazo que esperávamos", disse o vice-presidente corporativo da empresa, Mario Nogueira. (Estado)