O índice que mede a inadimplência do consumidor registrou alta de 0,6% no acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC. No acumulado dos últimos 12 meses, a inadimplência do consumidor cresceu 1,1%. Na avaliação de julho, em comparação com o mesmo período de 2014, a inadimplência obteve um leve recuo de 0,7%. Na análise regional de julho, todas as regiões apresentaram queda da inadimplência, exceto a Sul, com alta de 4,3%. No varejo, o indicador nacional teve queda de 5,9%.

No primeiro semestre, o varejo brasileiro registrou queda de 2,2% em relação a igual período no ano passado, segundo o IBGE. Com isso, interrompe 11 anos de taxas positivas. É a maior retração nas vendas desde o primeiro semestre de 2003, quando a queda foi de 5,7%. Em junho, as vendas recuaram 2,7% em relação a junho de 2014, o que representa a maior queda neste mês desde 2003, onde o índice registrou 5,8%. Na comparação com maio, a queda foi de 0,4%.

Segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o número de consumidores com contas atrasadas e registrados nos cadastros de inadimplência voltou a subir. Os resultados mostram um aumento de 4,47% em julho em comparação com o mesmo mês do ano passado. Já o número de dívidas em atraso teve uma variação positiva de 4,99%, também na comparação anual. O SPC Brasil e a CNDL estimam que, em julho de 2015, 57 milhões de consumidores estejam listados em cadastros de devedores inadimplentes.

O número de consultas para vendas a prazo teve um recuo de 3,26% em julho na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo o SPC Brasil e o CNDL. É a sexta queda consecutiva do indicador anual. Desde de janeiro de 2014, o indicador mostrou queda em 12 dos 19 meses do período. No acumulado do ano, o varejo observa queda de 2,73% no volume de vendas parceladas, uma piora em relação aos 2,64% verificados em junho. 

O fluxo médio em lojas no Dia dos Pais sofreu queda de 11,7% em comparação ao período de 2014, segundo dados do IVC SAZ (Índice de Consumidores no Varejo Sazonal) divulgado pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) em parceria com a Virtual Gate, empresa especializada no monitoramento de tráfego de pessoas em lojas. O indicador também aponta que a data foi a que mais teve queda no fluxo de pessoas em lojas quando comparada ao Dia das Mães (-9,4%) e Dia dos Namorados (-8,3%). 

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) estima que o faturamento total no varejo tenha registrado uma queda de 4,5% em relação a 2014 (descontada a inflação), aproximadamente R$ 1,8 bilhão a menos do que no ano passado. O resultado foi calculado no período de 1 a 9 de agosto de 2015, comparado com os dias 2 à 10 de agosto de 2014. Segundo a entidade, a baixa ocorre devido a inflação elevada, os juros altos e a piora no mercado de trabalho que derrubaram a confiança do consumidor para o menor nível em 12 anos.

De acordo com dados divulgados pela Boa Vista SCPC, as vendas do comércio para o Dia dos Pais recuaram 0,8%, em todo o país, se comparadas ao mesmo período de 2014, quando as vendas superaram em 1,2% o resultado do mesmo período de 2013. E nesse período, como base nos dados da Boa Vista SCPC, a FecomercioSP estimou que o faturamento no varejo foi 4,5% menor do que em 2014 ou mais de R$ 1,8 bilhões a menos do que no ano passado. Para este dia dos pais foram consideradas as consultas realizadas no período de 1 a 9 de agosto.

Pela primeira vez desde 2005, as vendas no comércio em comemoração ao Dia dos Pais caíram em todo o país com recuo de 5,1%, segundo a Serasa Experian. O percentual refere-se às vendas no período que antecedeu a data (de 3 a 9 de agosto) comparado com a semana que antecedeu a data no ano passado (de 4 a 10 de agosto). A pesquisa revela que, na cidade de São Paulo, houve queda de 4,7% na mesma base de comparação. No final de semana da data, as vendas tiveram queda de 3,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na avaliação dos economistas da entidade, o desaquecimento está associado à "crise econômica que o país atravessa, marcada pela alta da inflação, dos juros no crediário, do desemprego e pela queda da confiança dos consumidores".