Hábitos na Crise

A confiança dos brasileiros teve nova queda, fechando 2015 com 76 pontos. No início do ano o índice era de 88 pontos, segundo dados Nielsen. No País, 93% dos entrevistados disseram que estão vivendo em um período de recessão. Para os próximos 12 meses, apenas 13% dos brasileiros dizem que o país não estará vivendo em uma recessão, contra 62% que diz que sim. Em relação às perspectivas de empregos em um futuro próximo, 40% acredita que estarão ruins, 41% não tão boas, 13% boas e 4% excelentes. Na América Latina, o indicador se manteve em uma média de 83 pontos durante 2015, apresentando uma ampla diferença de 14 pontos abaixo do índice global (97). 

Para os brasileiros que conseguem cobrir todos os gastos familiares mensais, 38% pretender quitar dívidas, cartões de crédito e empréstimos com o dinheiro restante. Entretenimento fora do lar aparece na segunda posição com 36%. O ranking das prioridades dos brasileiros é completado por gastos com roupas novas (26%), viagens/férias (26%) e produtos com nova tecnologia (20%). Entretanto, 16% dos entrevistados afirma que não possuem recursos excedentes para gastar. "O consumidor latino-americano vem mudando seus hábitos de consumo para comprar marcas mais em conta, economizar e pagar suas dívidas", diz Luis Arjona, líder da Nielsen para Chile e Brasil.

Com o cenário econômico de 2015, os brasileiros também estão mudando seus hábitos na hora de poupar dinheiro. Economizar nas contas de gás e eletricidade foi a principal ação que os brasileiros apostaram para economizar, tendo um acréscimo de 4 pontos do começo ao final do ano. Mas a que teve maior crescimento entre as cinco foi a substituição de tecnologias de forma espaçada, somando mais 6 pontos até o final de 2015. Outra estratégia que também teve um aumento considerável em 2015 foi a troca de marcas de alimentos mais baratas, com 7 pontos.