Reflexos da Crise

O comércio varejista encerrou as atividades de 95,4 mil lojas durante o ano de 2015, segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC). O resultado negativo representa uma queda de 13,4% no número de estabelecimentos comerciais que contratam pelo menos um funcionário. Todos os segmentos apresentaram queda no número de lojas, mas os que mais se destacaram foram os que são mais dependentes das condições de crédito, como materiais de construção (-18,3%) e móveis e eletrodomésticos (-15,0%). Em termos absolutos, no entanto, o varejo alimentar sofreu a maior diminuição no número de lojas (-25,6 mil) em relação a 2014.

Aposta nos Supermercados
Apesar de os índices do setor supermercadista registrarem queda, o canal do varejo alimentar ainda é a principal aposta da Confederação. Para o economista da CNC Fabio Bentes, uma recuperação do setor varejista passa necessariamente por uma melhora no segmento de supermercados. "A retomada do crescimento só poderia vir de segmentos não dependentes do crédito, devido às altas taxas de juros previstas para o ano. Por isso, a principal aposta de melhora teria que vir do setor de hiper/supermercados e mercearias, que responde por 25% de todo o setor varejista".