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Tarefa Árdua

Varejo de Moda Enfrenta Crise Mais Intensa

14/01/2016

Tarefa Árdua
Tarefa Árdua
Tarefa Árdua
Com um ano que começa ainda mais desafiador que 2015 para setor, redes intensificam liquidações do fim de dezembro para abrir espaço às coleções outono-inverno. A tarefa será árdua e o prazo menor, já que o feriado de Carnaval será uma semana mais cedo que no ano passado. Redes como Renner, Riachuelo, Marisa, C&A e Hering já anunciam liquidações de produtos, com descontos em algumas linhas entre 40% e 80%, sendo 80% no caso da Marisa. Mas esse esforço pode não ser suficiente, considerando que o varejo de vestuário teve uma forte deterioração no quarto trimestre de 2015.

Deterioração do Setor
No fim do terceiro trimestre, as varejistas de moda apresentavam em conjunto estoques 10,7% maiores em valores do que no ano anterior. E as vendas do setor no quarto trimestre encolheram. Segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o varejo de tecidos, vestuário e calçados caiu 10,5% em outubro e 15,6% em novembro, em comparação aos mesmos intervalos de 2014. No acumulado do ano, a queda foi de 8,4%.

Black Friday Decepcionante
Nem a nova estrela sazonal do varejo brasileiro salvou. Segundo indicador Serasa Experian, o varejo de vestuário caiu 10,4%, em novembro e 15,3% em dezembro. "As vendas de vestuário ficaram abaixo das expectativas no Natal de 2015. Descontada a inflação, a estimativa média das varejistas é de uma queda de 9% na receita de vendas", afirma Edmundo Lima, diretor executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), entidade que representa os 21 maiores grupos de varejo têxtil no país. Lima diz que o primeiro semestre de 2016 será mais desafiador para o setor.

Demissões em Larga Escala
Somente em São Paulo, o setor têxtil deve encolher ainda mais em 2016, com o fechamento de mais 12 mil vagas de trabalho. O número deve se somar aos 30 mil trabalhadores do segmento que perderam emprego com carteira assinada em 2015, segundo projeção do Sinditêxtil SP (Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo). O Estado responde por um terço da produção e do emprego das 30 mil empresas têxteis e de confecção no país.

(Com informações do Valor Econômico e Folha de S. Paulo)

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