A participação dos medicamentos genéricos no faturamento de nove dos dez maiores laboratórios do país chegou a 21,5% em julho deste ano. Em unidades produzidas, a parcela alcançou 24,5%, de acordo com pesquisa da PróGenéricos, associação do setor. "No Brasil, à medida que diminui a resistência dos médicos e da população aos genéricos, a participação cresce. O aumento do portfólio também favorece", afirma a presidente da entidade, Telma Salles. Em 2013, o mercado em geral cresceu cerca de 9%, o de genéricos avançou 11%. Juntos, os nove laboratórios faturaram US$ 5,9 bilhões com as vendas no segmento entre agosto de 2013 e julho de 2014, alta de 12,3% antes os 12 meses anteriores. O valor representa 90% da receita total do mercado de genéricos no período. 
 

A modernização de um terço dos remédios vendidos no país poderia ampliar em até R$ 10 bilhões o faturamento da indústria farmacêutica, segundo levantamento da Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos). Seriam necessários R$ 3 bilhões em investimentos para dobrar o potencial de mercado dos 230 princípios ativos, que hoje movimentam R$ 10 bilhões, segundo estudo. “A falta de uma regulamentação própria desencoraja a indústria, pois precifica o produto de forma inadequada, sem considerar os investimentos feitos em inovação, afirma Henrique Tada, presidente-executivo da entidade. 

A farmacêutica anunciou o desenvolvimento da Consumer Healthcare Brasil, que faz parte da reestruturação global da empresa, e tem como objetivo atender o potencial do mercado para Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), GX e Similares. Segundo a empresa o projeto visa ampliar a atuação no mercado brasileiro e expandir a linha de produtos. A Consumer Healthcare Brasil terá início com a linha atual de Mips e Multilab. Farão parte do time as equipes de Marketing OTC, Trade Marketing, Comercial Takeda e Comercial Multilab, além do Desenvolvimento de Produtos Multilab, Administração de Vendas e Gerência de Expansão.

A farmacêutica está focada no desenvolvimento de polivitamínicos, suplementos, óleos funcionais e dermocosméticos, como estratégia para ajudar a manter o ritmo de vendas do setor. O supervisor da Orange Health, Roberto Fuziyama, criou uma cartilha simples para ajudar os balconistas e farmacêuticos. Um cliente que busca remédio para diabetes, por exemplo, pode conhecer e ter acesso a um suplemento que inibe a vontade de comer doces, o Picolinato de Cromo. O mercado de polivitamínicos movimenta mais de R$600 milhões por ano no país. A Orange dobrou seu faturamento de 2012 para 2013 com boas perspectivas para o fechamento de 2014. Na lista dos mais vendidos, estão suplemento de A a Z, cálcio, colágeno e óleos funcionais. 

A empresa francesa reduziu em até 34%  o preço dos produtos da Sephora Collection, para concorrer com as marcas brasileiras como Boticário e Natura. "Temos o intuito de mostrar aos clientes que a Sephora é acessível para todos. Somos democráticos, temos produtos e marcas para todos os bolsos na nossa loja", afirmou a diretora-geral da marca no país, Flavia Bittencourt. Entre os produtos que tiveram redução, destaque para o batom Rouge Cream Lipstick, que passou a custar R$ 39, ante R$ 59. Para efeito de comparação, os preços dos batons do Boticário variam de R$ 14,90 a R$ 37,99 no site da marca.

O uso de símbolo, figura, desenho ou recurso gráfico com elemento de apelo próprio ao universo infantil na rotulagem e na propaganda de medicamentos poderá ser proibido. É o que estabelece o Projeto de Lei do Senado (PLS) 145/2014, que está em análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), sob relatoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Do senador Ruben Figueiró (PSDB-MS), o projeto leva a proibição a cosméticos, saneantes, insumos farmacêuticos e correlatos. O autor justifica que a proposta decorre dos inúmeros casos de intoxicação de crianças por ingestão acidental de medicamentos e produtos similares. A embalagem que encanta representa risco real de ingestão acidental do produto pela criança que, sem o discernimento de um adulto, fica iludida com o apelo. 

O Sebrae-SP e o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) assinam hoje, às 20 horas, na Câmara dos Vereadores de São Paulo, um termo de cooperação técnica que prevê uma série de ações para capacitar as MPEs do segmento de drogarias e farmácias do estado. O objetivo do convênio é orientar os farmacêuticos empreendedores e os interessados em abrir sua própria drogaria ou farmácia a gerir seus negócios. A parceria tem duração de dois anos e inclui a disponibilização de palestras, cartilhas e cursos EAD. As farmácias de manipulação e drogarias representam 10% do número MPEs no segmento de varejo no Estado de São Paulo. Segundo dados do CRF-SP, ao todo são 15.076 mil estabelecimentos, sendo que 5.524 mil contam com farmacêuticos proprietários.    

Os inibidores de apetite femproporex, mazindol e anfepramona tiveram sua volta ao mercado dificultada pela diretoria da Anvisa, que aprovou uma resolução na qual estipula a necessidade de que laboratórios interessados em vender as substâncias apresentem estudos que comprovem eficácia e segurança dessas drogas. Além disso, as substâncias deverão ser vendidas com os mesmos critérios exigidos à venda da sibutramina, o que inclui a assinatura de termos de responsabilidade pelo paciente. As substâncias haviam sido proibidas em 2011 pela Agência sob o argumento de que faziam mais mal que bem à saúde. No início deste mês, o Congresso suspendeu o veto da Anvisa, reclamando que a agência extrapolou suas funções e não ouviu especialistas da área.