Após dez quedas mensais consecutivas e estabilidade em outubro, o Índice de Expansão do Comércio atingiu 68,9 pontos em novembro, aumento de 3,2% se comparado ao mês passado, de acordo com a FecomercioSP. No entanto, a alta está associada basicamente à melhora na intenção de contratações decorrente do maior fluxo de consumidores nas lojas no final do ano. Embora o subíndice Expectativas para contratação de funcionários tenha apresentado crescimento de 5,9% com relação a outubro deste ano, passando de 75,1 para 79,6 pontos, na comparação anual a queda foi de 35,5%.

Segundo dados do IEMI, as lojas independentes ainda são o principal canal de venda de artigos de vestuário no País, com cerca de 2,4 bilhões de peças comercializadas em 2014, uma representação de 37,5% do total. Porém, o canal que obteve maior crescimento em 2014, em relação a 2013, foi o de lojas de departamento especializadas, com 0,2%. Ainda de acordo com o estudo, os principais produtos vendidos nas lojas independentes especializadas e nas redes de pequenas lojas mostram-se bastante similares. A blusa é apontada como o principal produto comercializado, com 34,4%. Em média, 33,5% dos pontos de venda que comercializam vestuário estão localizados em shopping centers. Outros 66,5% são lojas de rua, localizadas principalmente em regiões centrais das cidades.

Em setembro de 2015 foram criadas no Brasil 173.405 novas empresas, um aumento de 1,3% em relação ao mês anterior, segundo indicador Serasa Experian. Somando todas as empresas criadas nos nove primeiros meses de 2015, o número é de 1.522.988 contra as 1.457.956 nascidas entre janeiro e setembro de 2014, registrando um aumento de 4,5% no período. No mês, o setor de serviços continuou sendo o mais procurado por quem quer empreender, com 60,8% do total de aberturas. O sudeste liderou o ranking de nascimento de empresas em setembro, com 52,7% do total.

Em 2015, as datas tradicionais de movimento alto no varejo decepcionaram com queda nas vendas. Mas os varejistas esperam uma reviravolta com a Black Friday. Segundo a BBC Brasil, os profissionais preveem um crescimento de dois dígitos nas vendas geradas pelo evento. A ClearSale, empresa que monitora a ação, projeta para esse ano crescimento de 12% nas vendas, para R$ 978 milhões. A ABComm prevê um aumento ainda maior, de 18%, com R$ 1,31 bilhão em vendas. E uma pesquisa realizada pelo Google, estima que, em média, o brasileiro pretende gastar R$ 1 mil nesta data, quase o dobro dos R$ 522 registrados na última edição.

A demanda do consumidor por crédito apontou queda de 7,7% no acumulado de 2015, de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC. Na variação acumulada em 12 meses, houve recuo de 8,3%. Já na avaliação de outubro contra o mesmo mês do ano anterior, o indicador obteve retração de 0,6%. Na avaliação mensal, o indicador obteve elevação de 0,4%, descontados os efeitos sazonais. Mantida a base de comparação, considerando os segmentos que compõem o indicador, nas instituições financeiras houve queda de 7,7%, enquanto para o segmento não-financeiro a variação foi positiva em 5,9%.

A venda de aparelhos celulares caiu 23,1% de janeiro a setembro, comparado com igual período do ano passado, segundo dados divulgados pela Abinee, organização que representa a indústria elétrica e eletrônica. Foram vendidos pouco mais de 39 milhões de aparelhos, sendo 92% smartphones e 8% celulares tradicionais. No ano passado, o total de aparelhos vendidos atingiu 51 milhões. Apesar de representarem a maioria das vendas de telefones móveis, os smartphones também recuaram 5% na comparação anual. Já a retração dos celulares tradicionais foi de 76%.

O IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas) apontou decrescimento real de 5,4% em outubro, na comparação anual. Para os próximos meses, a previsão também é resultados negativos: queda de 1,63% em novembro, 2,96% em dezembro e 3,1% em janeiro de 2016. "A deterioração dos pilares macroeconômicos que direcionam o consumo tem influenciado diretamente para o baixo desempenho do varejo desde o 3º trimestre do ano passado. Com agravamento do cenário em 2015, o IAV-IDV já acumula no ano, até outubro, retração real de 2,9%", explica Luiza Helena Trajano, presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo.

O número de cheques devolvidos (segunda devolução por falta de fundos) como proporção do total de cheques movimentados atingiu 2,15% no acumulado de janeiro a outubro de 2015, registrando o pior resultado para o período desde 2006, de acordo com dados nacionais da Boa Vista SCPC. No acumulado de 2015, considerando apenas os cheques devolvidos, houve recuo de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na mesma base de comparação, os cheques movimentados diminuíram 10,8%.