A queda das vendas decorrente da crise econômica atual vem impactando negativamente o mercado de trabalho do varejo paulista, que eliminou 1.094 postos em outubro, segundo a FecomercioSP. Foi a primeira vez desde o início da série histórica que o mês contabilizou saldo negativo. Em relação ao mês anterior, houve decréscimo de 0,1%, e em comparação com o estoque de trabalhadores registrados em outubro de 2014, observou-se redução de 2,1%. Já no acumulado dos dez primeiros meses do ano, foram extintos 61.942 postos, aproximadamente 204 por dia, uma redução de 2,8% do estoque contabilizado em dezembro do ano passado.

A receita de vendas do comércio varejista ampliado teve uma retração de 5,5% em novembro em relação ao mesmo período do ano passado, depois de descontada a inflação, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado. Em outubro, o índice havia registrado queda de 3,3%. Com o resultado, este é o quarto mês consecutivo de retração. A Black Friday teve um crescimento nominal de vendas de 14,5% na comparação com a de 2014. Durante a Black Week - última semana de novembro- o crescimento nominal atingiu 11%. Os percentuais ficaram acima da média do ICVA nominal para novembro.

A queda de 15,3% na movimentação de clientes nas lojas de vestuário do Brasil em novembro, em relação ao mesmo mês de 2014, deve ampliar a crise pelo qual o setor atravessa, de acordo com o Boa Vista SCPC. A retomada do mercado deve ficar para 2017, já que este é o primeiro item de compra cortado pelo consumidor. A queda brusca mostra que, sem perspectiva de recuperação no curto prazo, o setor encara um cenário de elevação dos preços das peças. Para o presidente da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), Edmundo Silva, a reação do setor deve acontecer somente daqui a dois anos. (DCI)

O Banco do Brasil e a Cielo anunciaram a integração dos respectivos programas de relacionamento voltados para empresas clientes - Ponto Pra Sua Empresa, do BB, e Cielo Fidelidade. Com a fusão, as micro e pequenas empresas participantes dos dois programas passam a contar com uma única plataforma para resgate de prêmios. O objetivo da fusão, informaram Cielo e BB, é ampliar as alternativas para troca de pontos, com uma opção adicional de resgate: a Loja Virtual Ponto Pra Sua Empresa. A plataforma integrada de relacionamento será formada por 40 fornecedores, que oferecem mais de 400 mil itens.

Pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aponta que 14,6% dos brasileiros pretendem usar a segunda parcela do 13º salário para comprar presentes este ano. Em dezembro de 2014 eram 21,4%. O levantamento informa que 33,3% dos consumidores usarão o dinheiro para quitar débitos e outros 27,1% irão guardá-lo, o que totaliza 60,4% de cautelosos, sendo o maior porcentual desde 2009. Em 2014, essa parcela foi de 50%. "Os resultados indicam, como já era esperado, que o Natal em 2015 será bastante modesto", diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp.

De acordo com um levantamento que a FecomercioSP realizou, a partir dos dados do IPCA, as celebrações de fim de ano pesarão mais no bolso do brasileiro em 2015, já que muitos dos produtos mais consumidos nesta época do ano estão bem mais caros do que no mesmo período de 2014. O preço do frango, por exemplo, subiu 13,18% no período. Frutas como maçã (19%), uva (11,47%), morango (18,68%) e a manga (21,4%), muito consumidos nessa época, sofreram elevação nos preços. A maioria dos produtos que compõe a ceia tiveram altas em 2015. Na análise da federação, com a alta dos preços, o consumidor tende a substituir o que costumava comprar por itens mais acessíveis.

A possibilidade de converter pontos em uma alternativa que auxilie nas despesas fez o brasileiro mudar drasticamente seu comportamento. A crise tem aumentado a procura por serviços de pagamentos, avalia Julio Quaglia, diretor do Grupo LTM, que gerencia programas de empresas como Cielo, Shell Hypermarcas e Nestlé. No "Pague suas Contas", que tem parceria com concessionárias públicas de água, luz, gás e telefone, o volume resgatado cresceu 170% de janeiro a setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. O uso de pontos para gastos em postos de combustível também subiu no acumulado até setembro: alta de 187%. (Folha de S. Paulo)

Neste ano o o setor de carne bovina brasileira teve bons resultados. Além de conseguir embarques para os Estados Unidos e China, os mercados da Arábia Saudita, Iraque, África do Sul e Japão foram reabertos. Com faturamento de US$ 525 milhões em exportações em novembro, o Brasil atinge a marca de US$ 5,4 bilhões no acumulado do ano, queda de 17% em relação a 2014, de acordo com Abiec. Para a associação, as previsões são mais otimistas para 2016 por conta da abertura dos mercados em 2015. "Esse foi um ano de conquistas e, em 2016, vamos colher os resultados efetivos. A perspectiva é que o faturamento chegue a US$ 7,5 bilhões, batendo o recorde de 2014", afirma Antonio Jorge Camardelli, presidente da ABIEC.